TEATRO VIOLETA ARRAES
Construído e inaugurado em 19 de Dezembro de 2002 pelo Governo do Estado do Ceará na gestão do Govenador Tasso Ribeiro Jereissati foi um presente para a meninada do sertão. Seu nome homenageia a sertaneja Violeta Arraes Gervaseau e o conjunto arquitetônico dos engenhos de rapadura da região do cariri, berço cultural do Ceará. Seu projeto Arquitetônico é de Maria Eliza Costa.
“…Quando Maria Elisa me pediu que desenhasse como eu imaginava ser o teatro, fui até o sertão perguntar como o sertão pensava um teatro pra ele…”
Frase Alemberg Quindins
A MORADA DE ALEMBERG E ROSIANE
Programa Morar no Cariri / GNT
Foi através de Violeta Arraes que “descobri” o Cariri. Quando assumiu a Reitoria da Urca, ela me chamou para cuidar de intervenções que pretendia fazer nas instalações da Universidade.
Um dia, na varanda de sua casa, ela me apresentou a um rapazmuito moço, dizendo a ele: “Mostra a ela!”. O moço abre uma planta onde está indicada a implantação de um teatro ocupando a área central do terreno retangular. Colocou as mãos em cima do teatro e o “girou”, empurrando a implantação proposta para o fundo do terreno e dizendo, simplesmente. “Assim cabia!”. Pensei comigo, para esse moço, faço qualquer projeto!
O moço era Alemberg Quindins. A primeira coisa que me disse foi
querer um teatro de tijolo maciço aparente: sábia sugestão, queobedeci à risca, até as formas para os pilares de concreto na fachada foram de tijolo aparente, e lá estão! Contei com a grande competência local na execução da obra e particularmente do telhado de quatro águas, além da presença dos belos “bancões” de madeira criados pelo arquiteto Marcelo Suzuki, como eu convocado por Violeta a trabalhar na URCA. Com a superfície irregular do tijolo aparente e a presença da madeira, resultou para o Teatro Violeta Arraes uma acústica de primeira.
Foi, para mim, uma imensa alegria ter deixado um rastro nessa coisa maravilhosa que é a Casa Grande. Um dia, perguntei a Alemberg como tinha surgido a idéia. Resposta: “Quando eu era menino, morei no Tocantins, num lugar que não tinha nada: o mundo, ou era do lado direito ou do lado esquerdo, mas lá não era!” Ou seja, Alemberg e Rosiane trouxeram o mundo para os meninos de sua terra!